terça-feira, 20 de outubro de 2009

01 Em Meio Aos Milhares & Milhares


Fulano conhece Sicrano que é amigo de Beltrano que conhece Lusitano que conheceu Baiano que por hora conhece Juliano que me conhece, porém eu ainda não conheço o Fulano, há uma teoria muito interessante que diz que nós estamos ligados a qualquer indivíduo no mundo por no máximo seis pessoas.
Isso ocorre porque durante seu e o meu percurso, nós conhecemos de cinco a seis mil indivíduos que passam por nossas vidas (veja bem, com a expansão da net, Face Book, Orkut esse número deve ter triplicado ou quadriplicado), alguns mais populares conhecem mais e outros ranzinzas ou tímidos não tem tal oportunidade.
Milhares de histórias se mesclam com sua personalidade e forma de encarar os fatos, você admira pessoas que não conhece, fantasia com as que pouco tem haver com seu estilo de vida, odeia algumas que não tiveram a oportunidade de se apresentar melhor e endeusa algumas que nem se sabe bem ao certo.
Nesses muitos conhecidos e rostos familiares, escolhe dois ou no máximo três para perpetuar sua amizade e carinho, confia e conhece seus anseios, medos, alegrias e vitórias em um simples gesto ou troca de olhares.
Essa teoria de certa forma é um conformismo para nosso legado de frustrações, pois sabemos que ainda há esperança em conhecermos alguém que de certa forma possa nos ajudar a concretizar nossos sonhos e devaneios, não que não possamos conquistá-los de forma honrosa e sozinhos, mas conhecer pessoas e ver sobre a ótica dos demais sobre os mais variados assuntos, nos abre caminho não só de oportunidades, mas também de novas possibilidades sobre o que achamos e esperamos da vida.
Essa é a grande lição que temos que aprender, aprender a ouvir, ser gentil, entender e conhecer cada vez mais pessoas e suas lições, detectar as suas necessidades e explorar a tão frágil relação de troca que é cada vez mais uma obrigação do que satisfação.
Sinto que quanto mais pessoas conheço, mais eu vejo como o ser humano esta egoísta em sua alma e existe um menor prazer em conhecer e maior em negociar seja em que esfera estiver.
Quero que meu número seja muito maior que seis ou sete mil indivíduos, mas só quero isso se eu for fazer nem que em um pequeno detalhe a diferença em suas vidas.
Não planejo ser o bonzinho da história, tento na medida do possível ser mais plausível possível e acredito no ser humano, às vezes falto com a verdade comigo mesmo ao tentar apaziguar minhas relações e no final descubro que fui injusto, pois não há erro que se concerto sem bronca que se leve.
No final das contas eu sou assim, mas sei que quando meus dias findarem em um belo entardecer de março sei que serei um pouco melhor do que hoje, por isso que a vida continue e que os mal tratos que ela nos trás sirva de lição e compaixão, que cada pessoa que passa em nossas vidas seja eterna e que com ela você aprenda e ensine o sentido de se construir uma história.


Rodrigo Bertolazzi
20/10/2009

Um comentário:

  1. Ainda bem q nos encontramos essas pessoas na vida... pior seria se de fato nossa vida passe sem elas..
    Abração

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