sexta-feira, 20 de maio de 2011


Nos mais profundo mundo onírico, dorme encalçado de dúvida e mora com o inconsciente prazer do desprezo, funga na orelha e reparte o espelho, sim aquele espelho que tortura com a imagem da verdade!
Não próximo nem tardio fica a pergunta: Acordei ou simplesmente sonhei? Acreditei que era possível, mesmo jogado as margens das larvas deste vulcão em erupção moldado muito mais pelo fogo que paixão propriamente dita.
Ofuscado às vezes pela própria ingratidão daquilo que é de bom grado e lhe foi dado, uns chamam de vida, outros caminho: talvez seja, passagem rápida e sorrateira, porém incute em minúcias ou pronúncias cada vestígio do que realmente vale a pena!
Me perco por vezes, me acho somente às vezes! Na vésperas do dito pelo não dito, ainda acredito, ou será mera ambição? Conjugo fatos que não são sublimados, apenas estes fatos se fazem julgar, pronunciar e sentenciar um equívoco.
Exclamo atenção aos ventos, refaço e repenso rotineiramente no começo, pois a resposta que aguardo não do futuro, mas dos erros do passado, tão distante e esquecido, reprimido e escondido de si, desejando voltar e encontrar um presente menos silencioso.
Dicotomia a parte, esvair algum sentimento de culpa, não tira o peso, apenas agrada o um momento, uma preguiça de que algo seja realmente resolvido, ok voltamos pelo dito pelo não dito.
Penso em encontrar a felicidade do meu sorriso em seus lábios, tardio ou repentino? Insano? Profundo? Não, apenas um desejo! Seria um sonho? Talvez, que continue caindo a chuva, pois eu espero jamais acordar...

domingo, 15 de maio de 2011

Perceptível...



As decepções nos provocam a lucidez em sua plenitude, frases feitas são verdadeiras somente no momento de carência, momento este que você desiste de encontrar a pessoa certa para tentar algo com o errado.
A solidão nos torna cegos diante do que pode ser vivido e o arrependimento tardio nos faz sofrer ainda mais o caminho escolhido. Como seria bom não se torturar por um erro, impossível, pois a lembranças nos fazem refletir sobre como realmente somos estúpidos e fracos, nos deixamos levar por palavras soltas ao vento que sussurram piedade.
Hoje percebo que minhas fraquezas são bem mais fáceis de serem descobertas pelos outros, mesmo tentando esconde-las a sete chaves. O caminho do auto conhecimento não é tão simples como eu pensava, tento refletir em meu exterior a aparência de um ser sublime e feliz, quando por dentro contínuo com rancor e mágoas daqueles que se aproveitaram de minhas fraquezas.
Não é fácil escolher o que é certo e o que é errado, mas quando agimos mesmo que impulsivamente com lealdade e honestidade sempre acertamos, pois a pior figura e aquela que fica em cima do muro, se enganando e enganando aos outros.
Perfeição não existe, sem sofrimento não há crescimento, e quando se descobre as mentiras fica mais fácil de acabar aquilo que nunca deveria ter começado.

sábado, 14 de maio de 2011

TEMPO


No silêncio da madrugada em meio à escuridão aterrorizante, percebo minha alma perdida na cegueira nefasta que sufoca e espalha a dor, dor esta, muito mais profunda do que um corte ou fratura, mas sim algo que toma o tempo e faz pensar e pesar.
O destino, guardião das horas, dos segundos e da vida põe a prova sua braveza e força de vontade para recuperar a alma perdida e a serenidade esquecida, fantasiando as virtudes almejadas nos escombros da vida.
O passado torna-se presente na busca constante do erro latente e pujante, as escolhas são mera indecisão e não coincidem com razão e sim com a emoção do tempo, não podendo mais se esconder nos mundos oníricos ou aliviados com comentários jocosos da árdua e tortuosa rotina.
Então penso no tempo e na imensidão de paz que ele nos traz, tempo para pensar, tempo para refletir, tempo para recuperar o fôlego perdido, a oportunidade rejeitada, tempo para que o ódio seja transformado em perdão e para que você seja perdoado também.
Tempo também bom às tragédias sufocantes ou até delirantes na nossa dramaticidade exagerada e inconsciente sobre os fatos que nos cercam, no meio da criminalidade vulgar, da estupidez geral e dos atos impensados, o tempo é o amigo que falta em nosso lar.
O tempo favorece as nossas idéias e permeia nossa mente, a tempos de alegria, complexos ou até infelizes, mas é o tempo que se alia as nossas necessidades e faz do ócio um tempo produtivo e eficaz a nosso olhos.
Só o tempo pode oferecer a você o espaço que precisa para ser o que quiser!

Avesso do Imbróglio


Duas tragadas, um copo de vodka, me vem a cabeça um turbilhão de idéias, nelas constam sonhos e projetos que carregam também uma carga de dúvidas e frustrações passadas , nelas contidas todos o avesso do imbróglio, transparente e latente, dou mais uma tragada!
Nessa segunda, constato que de fato ainda não tenho nada, ou melhor, tenho sim, tenho a minha memória, o meu dia que amanhã pode ser que não tenha mais, então porque perder meu tempo? Me envergonhar exatamente do quê? O ruim é não saber, esquecer e não convencer, três princípios básicos e casuais nos ditame coloquial: comer, rezar e amar
Não, definitivamente não é o filme, tão pouco o livro que ainda não li, comer em devaneio, saborear a vida, por suas especiarias e costumes, pela diferença de temperos que pode proporcionar sensações ambíguas, pela simplicidade e pela liberdade que nos dada!
Rezar, não um pai nosso ou uma Ave Maria, essas também valem lógico, mas reze um sorriso, uma sinfonia agradável, traga os outros para sua sabedoria, compartilhe e exercite sua crença no ser humano, por mais fatídico que seja, algo bom sempre transparece, a crença é em nós e nos bom feitos e não culpe deus por seu fracasso, mas agradeça a sua vitória, pois ele faz parte disso também.
Depois de degusta o sabor da vida, rezar um sorriso então estará pronto para amar o próximo, não de maneira carnal, embora sugestivamente devo disser que é bom pra cacete, o toque, o cheiro, a troca de olhar, enfim tudo, mas esse amor é química e estamos falando aqui de respeito e serenidade, aquele que não há obrigações e nem trocas necessárias, quando aprendemos a respeitar o próximo com seus piores defeitos, acredito que aprendemos amar desconhecidos!
Viajando pelo estado onírico e tempestivo de um turbilhão de idéias, acho que descobri uma coisa, mas veja bem, só acho, ainda não tenho certeza, por maior que seja meu duplex, ele sempre vai ser menor que o mundo e as pessoas, enquanto eu perdurar e insistir e melhor degustar a vida, rezar pelo bem e alegria e amar a todos!
Agora vou para meu último trago e gole da noite... Saúde!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Carrego Comigo!


Tudo o que eu preciso para viver carrego na minha mente, não carrego em caixas ou transporto em malas tudo que eu preciso para ser feliz!
O único peso é o dos sonhos, que realizados aliviam os ombros e desabrocham as vestes, carrego comigo não o que me prende a esse mundo, mas o que torna livre para continuar a seguir nele!
O que me alimenta não engorda, não se confunde com o físico, apenas é o que tem que ser, pois carrego o desejo de ser feliz, a esperança e a perseverança são minhas principais aliadas.
Posso estar parado e caminhando com meus sonhos, estar parado não significa estar estagnado, isso nunca, pois carrego comigo sempre alegria, mesmo que o momento peça lágrimas e desespero.
Carrego comigo a sabedoria herdada pela vida, pelos bons e maus passos, pelo certo e duvidoso, pela ignorância e pela vivencia dos meus antecessores, pela educação e por mim próprio!
Carrego comigo um pouco de dor, não de forma plena como a maioria que inveja e deseja as mazelas alheias, mas uma dor que me move e faz acreditar que ainda pode ser melhor, pois como seria a vida sem que ela, sábia e tinhosa não nos ensinasse com seus percalços os mistérios de ser vivido o inefável!
Carrego comigo a perfeição de meus defeitos, pois com eles vou moldando e lapidando minha história, com eles vou crescendo e melhorando, com eles percebo o quanto humano sou e a culpa diminui um pouco pelos atos falhos que me acometem de vez em quando!
Carrego comigo a minha fé, não em Deus, pois essa já é parte e não algo a ser questionado, a fé que eu digo é no ser humano, é na vida, é na possibilidade que as coisas melhorem sem ter que trapacear ou enganar!
Carrego comigo as lembranças, como histórias em quadrinhos, as seqüências onde o vilão e o mocinho se enfrentam, se põe a mostra e descobrem que nem dos dois estava certo!
Carrego comigo o desejo de ir mais além, de viajar os quatro cantos do mundo para poder sorrir para alguém e levar um pouco de conforto e esperança! Carrego comigo a vontade de sair por ai, distribuindo emoção e sem a menor pretensão!
Carrego comigo um coração, algo tão pequeno que tem uma grandiosidade do tamanho do mundo que vivo, algo que só pertence a mim, porém cabe todo mundo!
Carrego comigo a alegria de viver, pois como já diria um velho ditado: “Quem quase morreu está vivo, já quem quase vive está morto”! Carrego comigo a vontade de sonhar e vencer, pois é tudo que cabe em minha mala hoje!