terça-feira, 30 de junho de 2009

SONHO Á SER DECIFRADO


Sempre há alguém que quer nos mostrar algo que desconhecemos e que ignoramos, muitas vezes nem sabemos bem quem é ou que deve ser mostrado!
O universo de uma forma sutil e misteriosa demonstra o caminho a ser seguido, às vezes fica difícil enxergar além do umbigo, descobrir o caminho e enxergar as possibilidades existentes e muito mais complicado do que parece. Podemos culpar a rotina e a mesmice, ou podemos admitir que não são elas que nos colocam vendas nos olhos, mas sim nossas atitudes e descaso com os demais que nos põe alheios e indiferentes! Nossa ignorância contribui para que reações adversas limitem nossa habilidade de sonhar e sentir realizado com a felicidade!
Nos negamos a enxergar o óbvio quando este vai na contramão dos nossos interesses e vontades, somos compreensivos somente quando nada afeta nossa rotina, nossa zona de conforto! Perante os demais, compreensão e bons conselhos não faltam, persuasão e dicotomia para aliviar os males ou retardar o desfecho da verdade!
Hoje temos leis que nos obrigam a fazer aquilo que na sua essência, na sua natureza é uma obrigação! Ser honesto é motivo de prêmio, respeitar o próximo independente de sua etnia, religião, doutrina ou qualquer outra forma que sugere diferença entre as partes e motivo para canonização!
Enfrentamos tempos conturbados, não só pela crescente e desproporcional massa humana que pouco abstém sua fase facínora entre sua comunidade, mas também, ou talvez principalmente pela frustrações e receios contemporâneos que nos trazem!
A inquietude da vida nos faz criar um mundo só nosso! Um mundo injustiçado conforme nossos julgamentos e preceitos, protocolados como mais sábios e puros perante os demais.
Procuro resposta sem me perguntar por quê? Descubro falhas a todo instante, tento joga-las para debaixo do tapete, mas essas pequenas ondulações visíveis a um olho mais clínico me entregam de bandeja!
Temos uma vida inteira pela frente, uma grande chance de acertar, misturado com medo enorme de errar, não que o erro seja ruim, muito pelo contrário, ele ótimo! Você sofre, cresce, amadurece e já sabe o que acontece se errar novamente.
Sonho acordado com as possibilidades que estão ai, para quem quiser concretizar! Um sonho de um dia, um sonho de amor, um sonho de uma vida, um sonho de uma incógnita! Tenho medo de acordar em um pesadelo ou pior ainda perder a vontade de sonhar.
Quando abro a janela e vejo no horizonte a distância percorrida, me orgulho do que sou, do que fui, do fiz! Não vejo tristeza nem realeza, apenas bons e maus momentos de um sonho a ser decifrado.
Nem tão grande, nem tão pequeno! Hoje, apenas sonho em ser feliz! Agora só me falta decifrar um sonho!

PS. Foto tirada pela minha amiga Vanessa Trettell em viagem ao Equador!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

As Horas!


A pouco acabo de assistir (pela décima nona vez diga-se de passagem rsrsrsrs!) o filme as horas, ainda me emociono com a sensibilidade e sofrimento que Virginia Woolf expressa em suas percepções sobre o solavanco e temeroso senso crítico das relações humanas.
Não é incomum nos depararmos com as mesmas sensações e vontades em nossa rotina, às vezes quando todos olham para nós e nos vêem sorridentes e alegres não percebem que estamos disfarçados em meio à tristeza e insatisfação das circunstâncias traumáticas.
Valorizo a vida com a ausência dela, é engraçado, mas casual imaginar o que foi de bom somente quando não se tem mais àquilo! Ou pior ainda e perceber que tudo que temos não é o que realmente queremos ter!
Vivemos entre estes dois mundos, o da insatisfação e o da saudade, do que realmente foi, e do que você queria que tivesse sido, às vezes, nos encontramos em meio as moscas, desnorteados e sem um rumo certo, tentamos demonstrar imensas fortalezas e grandes defesas e esquecemos de demonstrar nossas fragilidades para que possam nos ajudar!
Nossas escolhas são pautadas sobre conceitos incertos em razão dos demais que nos cercam, levar uma vida não convencional estabelecida pelos primórdios contemporâneos da sociedade, onde espera-se muito mais de nós do que realmente somos capazes de conceder.
Frustrações alheias ou conquistas a parte! Acumulamos através do tempo e da vivência de forma inesperada, grandes mágoas e incertezas, tentamos justificar a todos que estamos bem e somos felizes desta ou daquela forma, mas pouco provável ou crédulo os demais julguem sua forma existencial como correta ou realmente confortável o suficiente para se julgar feliz!
Nesse ponto, onde o julgamento entra é que podemos dizer que a pulga atrás da orelha começa a coçar, e ai que sua certeza sobre o mundo vai por água abaixo! Os mais radicais dizem em discursos firmes e orgulhosos que pouco se importam com o que os demais pensam, mas seria uma utopia afirmar que somos donos da verdade e podemos levar a vida da forma que queremos.
Até podemos, mas até onde somos bons o suficiente para perceber que estamos desrespeitando o espaço do outro em prol da felicidade nossa? Olha, é difícil responder! Também acredito nessa história que para se levar uma vida plena e feliz não temos que nos importar com o que os outros pensam, mas também acho que devemos ouvir, vejam bem, ouvir e não seguir, os que se importam conosco pensam! Refletimos e depois tomemos nossa decisão.
Triste é levar a vida de forma hedonista e viver a sombra do que fomos aos sessenta anos de idade, sendo que poderíamos ser muito mais do que aquilo, pois não nos preocupamos em realizar nossas verdadeiras vontades e não nos preocupamos com que os outros pensam.
Ser feliz é um objetivo comum, se não descobrimos o caminho para alcançar este objetivo acabamos por praxe mortos que respiram! Como no próprio filme diz, não se pode ser feliz evitando a vida! Valorizamos demasiadamente o que não temos e sempre buscamos o que não podemos!
Enfrentamos as horas antes do amanhã e as horas depois do amanhã, sem saber que horas realmente são! E assim vamos vivendo e satisfazendo aqueles que ainda vivem por nós!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Para mudar o mundo


È uma pretensão gigantesca, pra não dizer utópica! Como considerar que nossas idéias e valores são verdades absolutas sobre os pensamentos e ideologias alheios? Não que você tenha que duvidar de seu senso crítico, mas para mudar o mundo temos que começar por nos mesmos! Pois aquele que não tem como perceber seus erros não pode fazer absolutamente nada a respeito dos demais...
Se quiser mudar o mundo seja responsável e não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo e tente viver em harmonia! Temos que acreditar não só em um mundo melhor mas também que podemos fazer melhor e ser melhor!
Não espere recompensa pela sua honestidade, sinceridade, fé, esperança, respeito, amor e compaixão, pois estes são sentimentos obrigatórios e inerentes ao convívio e respeito do indivíduo. Não espere dos outros àquilo que nem você faz por si!
Não espere a sorte bater a sua porta e busque a felicidade em todas circunstâncias da vida, seja humano e não tenha medo de errar e pedir desculpas pelo seu erro, busque a verdade e não se esconda atrás de mentiras, trabalhe no que te deixa mais realizado e não subestime a sua capacidade de realizar coisas boas.
Seja fiel a seus amigos, famílias e amores, não pense que tudo é fácil e que todos estão errados, seja feliz com a felicidade do vizinho e fique triste quando ver aquele que você ainda não conhece está com problemas, solidariedade e o dom que falta ao respeito.
As atrocidades são tão comumente noticiadas e expostas aos olhos que dificilmente nos sensibilizamos com as tragédias! Já estamos acostumados com a morte e o descaso, descaso da educação, descaso da alimentação e principalmente com o descaso a vida!
Defenda a paz e busque nela a forma mais apropriada de seguir a sua jornada e enfrentar os obstáculos, seja fiel também aos seus princípios e não desrespeite a opinião dos demais e não ache que é superior a alguém pela condição que se encontrar.
Mudar o mundo não é fácil, nem tão complicado e apenas uma questão de respeito com o outro, mas como podemos respeitar os demais se não nos respeitamos nem a nós mesmo?
Para mudar o mundo então que mudemos nossas atitudes e que sejam perceptíveis aos olhos dos demais nossa vontade em querer primeiramente ser um pessoa melhor para depois conquistar um mundo melhor!

Rodrigo Bertolazzi
24/06/2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O dia em que entreguei meu coração


Estava em casa, ela batia a porta. Eu me escondia, ela não me deixava e tentava entrar pela janela, chamando meu nome em meio a uma serenata de amor! Sempre tentando me seduzir.

Sussurrava em minha mente que seria eternamente minha e de mais ninguém, juras de fidelidade e paixão. Me seduzia e sempre na espreita a minha espera.

Em sua forma nebulosa, tinha contraste refinado e atrativo, me chamando a atenção... Sua áurea encobria minha visão e hipnotizava minhas palpitações.

Ela chegou bem perto, tentava me tocar, eu fugia, procurava um espaço que não existia para me esconder. Cada vez mais era tentado a me entregar de forma sublime e contundente, já não há mais espaço para fugir, agora o jeito e se entregar!

Ao tocar minha pele uma mistura de medo, conformismo com alívio e certeza, certeza que não me machucaria mais e medo de nunca mais me machucar. Ela tenta de todas as formas me possuir, eu resisto, me entrego, volto a resistir e no final cedo, não me resta opção.

Agora é tarde, ela me envolveu como ninguém conseguira antes, me tem em seus braços, me faz ama-la e idolatra-la, nossa história tem que ser escrita, contada, publicada todo mundo tem que saber que foi a solidão que roubou meu coração!

Rodrigo Bertolazzi
20/06/2009

PS. Esta foto foi tirada pela minha primusca Adriana Bertolazzi e o Rangel... no albúns pescaria rsrsrs... desculpa mais achei a foto linda e copiei!!!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tudo começa outra vez!


O amor nos causa estranheza, assim como brota no singelo e doce olhar, se desfaz ao primeiro abrir dos olhos no amanhecer, com a mesma melodia que começou e é justamente aquela que esta fadada a terminar, os mesmos lábios que desejastes, agora tem o gosto azedo e frio.

O mesmo toque tímido e enlouquecido do primeiro contato, agora é a relutância e mal afago de um mundo onírico e distante, os calafrios não são de desejo, mas sim de ódio ou tortura.

A mesma mão macia e suave que por diversas vezes lhe permeavam a mente com sua textura única, só serve para lhe apontar o dedo e cobrar o que não existe mais.

E as palavras? Doces e de veneração, dão lugar a discrepante e fugaz forma agressiva sobre incômodos e coisas passadas, ou inexistentes.

O aconchego dos braços e abraços colocam dois mudos em uma mesma sala, sem troca de olhares, divididos sobre o fantasma do que eram, com o que são agora e ainda incertezas e medos sobre o que vão ser no futuro.

As gargalhadas de momentos simples e únicos, agora são de deboche cruzado! As circunstâncias não são as mesmas, suas reações também não, a indiferença toma conta e a rotina sempre vai ser a maior vilã, como se fosse a única culpada, a amante do fracasso!

As besteirinhas engraçadas do começo, agora insuportáveis e determinantes, para alguns é só esperar o fatídico dia do julgamento final, para livrar-se ou melhor se sentir livre de obrigações inexistentes.

O amor acaba assim como a vida, e assim como ela ele renova-se, seja em uma amizade, em um filho ou filha, seja com seus netos ou com novo amor! Pode acreditar que assim como ele morreu, um dia vai nascer e tudo começa outra vez!

Rodrigo Bertolazzi
13.06.2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Fácil e difícil


Fácil e difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...
Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e,
Difícil é segui-las...

Reverência ao destino (Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quem Sou Eu (Parte II)


E sempre arriscado dar um palpite de como somos ou que achamos que somos, quando ainda estamos confusos com o que queremos e quanto queremos, eu acredito que eu não seja de todo ruim, mas também longe de todo bem!
Como responder quem sou? Fico imaginado várias coisas, momentos ruins e bons que passei e tento decifrar o por quê? O que? E quando? O que calculei errado, onde foi que acertei e onde mais poderia ter contribuído.
Não sou o mais pervertido tão pouco o santo do pau-oco, sou simplesmente mais um na multidão se escondendo e passando despercebido, às vezes esquecido!
Me sinto tocado, por vezes privilegiado, outras injustiçado, vivo assim oscilando entre o que acho certo é o que eu faço errado, me coloco frente aos demais que convivo e me pergunto quantos fariam o mesmo por mim? Uns talvez sim, outros com certeza não!
Alguns me definem simplesmente como amigo, o cara que esta lá para o que der e vier... Fico grato, mas não sou esse cara, sou frágil, indeciso, muito tímido, pouco otimista e com receio enorme do futuro e o que me espera...
Gostaria não de ser perfeito, pois isto é uma pretensão e arrogância descabida e ilusória, mas de ser uma pessoa melhor! Me esforço... Às vezes acho que vou pelo caminho certo, mas no primeiro tropeço me escondo e retorno o processo inteiro, tentando achar o porquê do tropeço.
Olho ao meu redor e penso sobre a confiança e despeito dos demais, quão destemidos sobre a vida são, e me pergunto, será que se escondem atrás de uma falsa confiança assim como eu me protejo com minha timidez? Não sei, nem sei se faz sentido...
Fico matutando se somente eu me pergunto Oh Deus o que fazer? Ou então, porque isso acontece comigo? Lamentações e pouca decisões, preocupações, idéias... mais idéias... onde será que estão as realizações?
Tão pouco consolador e saber que a frustração alheia nos tempos atuais e mais rotineira e persistente do que imaginamos, quando vemos alguém literalmente se fudendo (desculpem o linguajar) acho que mesmo de forma inconsciente pensamos, ufá não é só eu!!!! Aleluia.
Responder ao formulário de quem sou do orkut, blog, MSN ou qualquer outro site nunca foi tão difícil, todo mundo inventa uma história bonita, ninguém é ruim, ou então encontramos poemas ou pensamentos prontos, copiamos e colamos e mais uma vez nos escondemos!
Então para tentar quebrar este paradigma, quem sou eu meus caros amigos, conhecidos ou apenas alguém que se desprendeu de um minuto do seu dia para ler isto? Sinceramente, eu não sei, tão pouco acredito que você saiba me responder, tão pouco acredito que você saiba quem é você de verdade! Então sem poemas prontos ou frases de famosos pensadores lhe digo que não sei, mas busco a cada instante tentar descobrir, se vou ter sucesso? Vamos crer que sim!
Rodrigo Bertolazzi 10.06.2009

Poesia de amor de Vinicius de Morais


Soneto de Maior Amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.

Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

Vinícius de Morais

sábado, 6 de junho de 2009

Música pra quem precisa!!!!!


È incrível como nossas sensações e emoções são mensuradas pela fase é música que ouvimos e nos inspiramos, para melancolia Chico Buarque, para agito da noite um house music ou para gosto de outros um samba ou black music, para conversar com os amigos em um butekão, nada melhor que um Tom, refletindo sobre os prolemas cotidianos e os amores freudianos, para paixões impossíveis ou mal resolvidas, uma mistura de Elis e Maysa cai bem, para realizar um sonho de consumo (pelo menos o meu kkkkk!) e sentir as vibrações máximas um show da Madonna e entretenimento na certa, para curtir uma noite divertida, melancólica, alegre, com os amigos e sentir sensações diferentes, então vamos a um jazz e sentir a pulsação da alma da música.
Não há ser ou momento que não acalente em sua história uma música que o tenha marcado, nos vivemos na melodia da monotonia ou no acorde da rard core, somos oito e oitenta, não oscilamos simplesmente vivemos o momento na freqüência que mais é agradável e propícia para o presente.
As músicas representam muito mais que versos combinados, elas representam nossa cultura e personalidade, com a música encontramos a nossa tribo e comportamentos similares aos que você considera importante para dar continuidade as suas histórias.
Lembro nitidamente das histórias da época do colégio quando desenvolvi o gosto pela leitura e tentar compreender melhor os aspectos gerais de diversos assuntos e questionar as coisas por causa de Jim Morrison e Janis Joplin, ouvi até enjoar, a cada letra de Legião Urbana uma nova descoberta, um novo ângulo, passou o colégio, chegou a faculdade, época de dúvidas, medo, incerteza, incerteza e principalmente cobranças, inicia-se um ciclo de descobertas, músicas nunca vistas antes de diversas tribos diferentes em um mistura com o mesmo objetivo, descobrir seus dons e a que veio!
Vamos conhecendo novos cantores, novas bandas, novos estilos, gostando de uns e de outros nem tanto, mas sempre nos recordamos do passado pelos velhos músicos e velhos estilos, amadurecemos e continuamos a construir nossas trajetórias de forma eclética e abrangente.
Construímos nossos ritmos e tentamos compor nossa história, mas sem música para a trilha sonora nosso filme iria ser muito sem graça! Portanto antes de escrever um roteiro pense na trilha que você quer pra ele!!!!!! Ela pode fazer toda a diferença e dar aquele toque de emoção que faltava!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Apaixonar-se!!!!! Uh uh uh k blz!!!!


Quando olho nos seus olhos minha palpitação e falta de ar são evidentes, o hedonismo torna-se minha religião, o inefável torna-se regra, a queimação e sensação de bem estar visíveis na vermelhidão de minha face.
Tantas emoções e sensações se misturam em um estado ditoso! Com as pontas dos dedos ainda formigando e o frio na barriga aumentando, encosto em sua fase, delicadamente como se estivesse descobrindo seus poros em meio as caricias.
Ao aproximar meus lábios dos seus nosso ar e espaço é o mesmo, sentir a maciez e ternura para entrega total e devaneio, ao simples toque todos os sinos batem, as músicas enfeitam o imaginário daquele primeiro beijo, da paixão que nasce.
Apaixonar-se, como é bom o primeiro beijo da paixão, como vale a pena se apaixonar todos os dias, mesmo que pela mesma pessoa pelo resto da vida apaixonar-se em linguagem mais direta é o que há de melhor!
Quando você desarma aquele estigma de ser bem resolvido e não precisar de cia... quando você abre suas idéias e possibilidades que necessitamos de alguém, não para ter ou ser, mas fazer parte e compartilhar o momento, a história e sua vida.
Entendemos naquele momento que faz sentido em ter alguém... descobrimos que ainda é possível confiar em alguém e que não só de cobranças e obrigações que se vive, mas de prazer, amor e principalmente paixão.
Que os amores sejam eternos e que a paixão seja a renovação de nossas vidas, desejo que todos se apaixonem, que vivam e que sejam felizes meus caros e estimados amigos...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

As vítimas e familiares do vôo 447 Airbus da Air France


Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.
Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.
Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.
Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.
Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.
Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.
Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos seios ou braços, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.
Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.
Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?
E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.
Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.
De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.
Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.
Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.
Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão.


Dedico esta mensagem a todas as vítimas e familiares do vôo 447 Airbus da Air France, que Deus abençoe seus caminhos e que de forças para continuar sua jornada....