quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um tanto quanto frustrante!


(Obs. Este texto foi feito no terceiro ano de faculdade, a seis anos a trás, época em que meu hábito de escritor era muito mais constante, meus textos muito mais consistentes e minhas esperanças eram maiores).

“Um tanto quanto frustrante”, essa é a melhor definição para titular aquilo que seria minhas férias. De pouco posso contar, porém de muito a de se lamentar.
Acredito que não tinha umas férias tão monótonas a 21 anos e veja bem fazendo as contas através da ano vigente menos a data do meu nascimento concluo que esse será o ano do 22º aniversário aqui na terra.
Tédio, procure você esta palavra no dicionário é o que encontrará ? Exatamente isso, uma foto 3x4 minha estampada ao lado da palavra e o pior de tudo é que estou com uma péssima aparência nessa foto.
Em nenhum momento de minhas férias frustrantes algo de lúdico ocorreu, a rotina dominou o tempo e espaço a meu redor, o sacarmos de em pleno verão de 35ºC e nenhuma célula viva do meu corpo se quer ter sido bronzeada, alguns até me questionaram a meios de piadinhas sem graça se havia tomado banho de lua!
O único recinto aonde alguém poderia encontrar minhas digitais era exatamente aqui neste teclado de computador que está me servindo neste momento para contar meu desespero, meu alento, se qualquer crime ali fosse cometido seria o maior suspeito.
Ah sim falando em crime, não posso deixar de comentar, sofri uma tentativa de homicídio, foi terrível certo dia chego ao serviço é o que percebo? Que uma das saídas do ar condicionado foi fechada, pior de tudo era justo a que desembocava em minha sala, quase me mataram de tanto calor todos os dias desse verão ensolarado, roupas sociais aquecendo, me sufocando, queimando meus neurônios, eu, logo eu, que nunca havia feito nada contra qualquer ser vivo existente, me via entre quatro paredes, ali preso durante 8 horas por dia, e agora me pergunto quem pagará por mais esse fatídico crime? Logicamente que sou eu com suor de minhas axilas.
Lubridiar o tempo foi meu maior passatempo, contar nos dedos o dia em que a panacéia chegasse e todo aquele tédio, pensamentos tão irracionais que me eram inerentes, quanto à redação que aqui escrevo elocubrar sobre o que poderia ter sido feito em minhas férias, seria uma perda maior de meu tempo, ou pior seria uma maneira mais cruenta de admitir meu ócio.
Destarte, não sei mais o que contar, muito menos o que pensar para meu lenitivo aguçado pelo desconforto do tédio fico aqui a esperar que doravante quiça em minhas próximas férias não cometa o mesmo erro, deixar que o tédio seja meu fiel companheiro.

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