segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não nascemos prontos!


“Não nascemos prontos e acabados”, essa frase nos faz pensar sobre a maravilha que é a vida, nascemos, nos maravilhamos com as descoberta de nossa infância, avançamos nossa adolescência, nos sentimos responsáveis por questões que ainda nem bem sabemos o que é, conquistamos nossa independência e finalmente quando temos a oportunidade de aproveitar nossa vivência caímos na rotina, nos conformamos com a situação estável e segurança para deixar de aprender mais, cultivar mais, inovar e aprimorar, deixamos de ver as coisas como novidade e passamos para a fase do conforto.
A rapidez e constantes alterações dos fatos e da história nos bombardeiam com uma interatividade e mudanças constantes de tecnologia e adventos que muitas vezes não conseguimos acompanhar as inovações e lançamentos de produtos, que nas últimas 05 décadas cresceu mais que em todo o resto de nossa história.
Com todas estas inovações não nos damos conta de nossa singela existência, não percebemos que todos adventos tecnológicos, nos fazem cada vez mais caminhar como um raio de luz a nossa caminhada estreita pela terra, talvez este seja um dos principais motivos para nosso deleite e conformismo quando a situação parece estável.
Nos são jogadas uma chuva de informações que sempre põe em dúvida sobre o que procuramos, fazemos ou queremos em nossa vida, se não tivermos lógica em responder nossos questionamentos internos, nunca teremos um direcionamento sobre os fatos que nos cercam, sobre as vontades que nos assolam e principalmente sobre a vida, podendo perde-la em meio a desperdiço e sacarmos.
Toda esta informação, velocidade e voracidade que estamos habituados, não nos acostumamos mais a acompanhar a história como antes, pois a velocidade dos fatos nos empurram com uma pressão estrondosa ao futuro, deixando nossas percepções e memória enfraquecidas sobre aquilo que nos cerca.
Acabamos por fato, desprendendo de nossas relações, hoje e cada um por si, a desagradável e sempre egocêntrica relação humana, os pensamentos individuais, o indivíduo como centro do universo, como o centro da história e seu pedante olhar sobre os demais, sobre os problemas coletivos, sobre outro ser humano.
Perdemos nossas relações pessoais, nossas atividades prazerosas e nossa noção de coletividade, principalmente sobre os fatos que cercam nosso íntimo, nossa proximidade com a família, amigos e amores que deixam de ser prioridades na lista de pendências em nossos trabalhos e passam a ser fatores secundários da atual circunstância.
Nossas relações estão cada vez mais desgastadas e nosso direcionamento esta cada vez mais focado sobre o que produzimos do que sobre como vivemos, não somos mais parte integrante de uma sociedade e sua história, somos peças de um quebra cabeça cada vez mais complexo, que dificilmente você consegue encaixar, e quando o faz, não muda de figura, não inicia um novo quebra cabeça.

Um comentário:

  1. Ótimo texto, parabéns!
    Gostaria de fazer um pequeno comentário: a sociedade não está mais individualista, acontece que, o ser humano passou a se preocupar mais com o termo sustentabilidade e veio à tona o quão egoísta ele é.

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