
Nos mais profundo mundo onírico, dorme encalçado de dúvida e mora com o inconsciente prazer do desprezo, funga na orelha e reparte o espelho, sim aquele espelho que tortura com a imagem da verdade!
Não próximo nem tardio fica a pergunta: Acordei ou simplesmente sonhei? Acreditei que era possível, mesmo jogado as margens das larvas deste vulcão em erupção moldado muito mais pelo fogo que paixão propriamente dita.
Ofuscado às vezes pela própria ingratidão daquilo que é de bom grado e lhe foi dado, uns chamam de vida, outros caminho: talvez seja, passagem rápida e sorrateira, porém incute em minúcias ou pronúncias cada vestígio do que realmente vale a pena!
Me perco por vezes, me acho somente às vezes! Na vésperas do dito pelo não dito, ainda acredito, ou será mera ambição? Conjugo fatos que não são sublimados, apenas estes fatos se fazem julgar, pronunciar e sentenciar um equívoco.
Exclamo atenção aos ventos, refaço e repenso rotineiramente no começo, pois a resposta que aguardo não do futuro, mas dos erros do passado, tão distante e esquecido, reprimido e escondido de si, desejando voltar e encontrar um presente menos silencioso.
Dicotomia a parte, esvair algum sentimento de culpa, não tira o peso, apenas agrada o um momento, uma preguiça de que algo seja realmente resolvido, ok voltamos pelo dito pelo não dito.
Penso em encontrar a felicidade do meu sorriso em seus lábios, tardio ou repentino? Insano? Profundo? Não, apenas um desejo! Seria um sonho? Talvez, que continue caindo a chuva, pois eu espero jamais acordar...