terça-feira, 28 de julho de 2009

Há Tempos!!!!


No silêncio da madrugada em meio à escuridão aterrorizante, percebo minha alma perdida na cegueira nefasta que sufoca e espalha a dor, dor esta, muito mais profunda do que um corte ou fratura, mas sim algo que toma o tempo e faz pensar e pesar.
O destino, guardião das horas, dos segundos e da vida põe a prova sua braveza e força de vontade para recuperar a alma perdida e a serenidade esquecida, fantasiando as virtudes almejadas nos escombros da vida.
O passado torna-se presente na busca constante do erro latente e pujante, as escolhas são mera indecisão e não coincidem com razão e sim com a emoção do tempo, não podendo mais se esconder nos mundos oníricos ou aliviados com comentários jocosos da árdua e tortuosa rotina.
Então penso no tempo e na imensidão de paz que ele nos traz, tempo para pensar, tempo para refletir, tempo para recuperar o fôlego perdido, a oportunidade rejeitada, tempo para que o ódio seja transformado em perdão e para que você seja perdoado também.
Tempo também bom às tragédias sufocantes ou até delirantes na nossa dramaticidade exagerada e inconsciente sobre os fatos que nos cercam, no meio da criminalidade vulgar, da estupidez geral e dos atos impensados, o tempo é o amigo que falta em nosso lar.
O tempo favorece as nossas idéias e permeia nossa mente, a tempos de alegria, complexos ou até infelizes, mas é o tempo que se alia as nossas necessidades e faz do ócio um tempo produtivo e eficaz a nosso olhos.
Só o tempo pode oferecer a você o espaço que precisa para ser o que quiser!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fumaçando a Vida....


Sentado na ponta da cama com a janela aberta e um céu nublado de um domingo chuvoso, entre uma tragada e outra dentro do meu quarto, puis me a pensar sobre os ciclos da vida. Assim como cada tragada, ao soltar a fumaça dos meus pulmões e joga-la ao vento tendo então destinadas e diferentes formas em momentos únicos.
Seu formato e seu ciclo não foram os mesmos em duas tragadas e nem serão os mesmo em um milhão delas, pois sua forma concede o momento e não se repete por mais parecido que o ato em si seja ou pareça ser.
Aquela fumaça me fez refletir sobre como circunstâncias parecidas tornam rumos prosaicos e distintos, mesmo direcionando o alvo, fatores externos como uma simples brisa momentânea muda a forma e a complexidade das coisas.
Assim como na vida que muitas vezes bem planejada e direcionada nos bate o vento nas costas e atordoa nossa percepção de certo ou errado ou do que pode ser e realizar do que você realmente quer.
Pensei também sobre as janelas da vida, que se abrem e fecham (sem querer ser muito piegas), muitas vezes no tempo exato que deve ser o ciclo acaba, ás vezes termina rápido demais e nos deixa desnorteados em meio a um deserto de solidão ou no mar de lamurias e decepções que nos são pregados ao longo da trajetórias.
Mas mesmo esses percalços e fechamentos abruptos que se dão sem esperar, nos abre inúmeras possibilidades sobre o que se pode ter esperança, seja na mudança de ares em uma nova cidade ou até antiga que lhe parecia provinciana e desnecessária a suas necessidades, seja término de um amor que foi importante até um certo período, mas que lhe da a vantagem de se apaixonar novamente e dar aquele primeiro beijo, seja com emprego dos seus sonhos que virou o pesadelo de sua realidade, seja com qualquer coisa na vida.
Quando refletimos sobre as circunstâncias da vida percebemos que nada é impossível, pois a cada janela fechada basta você querer que outras serão abertas e com uma visão periférica bem maior do que já estava habituado.
Os caminhos são quase sempre os mesmos, mas o contorno e a adaptação da alma depende apenas de você e de suas experiências para que tudo de certo, não sejamos fracos nem submissos a circunstâncias, pois podemos ser felizes com que temos ou realizados com que podemos ser e ter.

Rodrigo Bertolazzi
27/07/2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Lagoinha do Leste II






Essas fotos são do dia que nos fomos com sol e o tempo estava ótimo... desfrutamos várias horas nesse lugar mágico.

PS. coisas simples nos tornam mais felizes!

Lagoinha do Leste



Era uma quarta feira, não me recordo o dia exato, somente que o mês era outubro e o ano de 2008, dois desempregados em casa, sem muito o que fazer e muita criatividade a exercer.
Vá, o que a gente poderia fazer hoje? Não agüento mais ficar em casa e você?
Eu também Ro, to entediada, vamos a lagoinha do leste fazer a trilha então hahahaha!
Ok vamos sim!
Como assim Ro, eu tava brincando, ta frio hoje e são duas horas e meia de caminhada para ir e duas horas e meia para voltar.
Sim, e daí? Menos cinco horas que a gente fica aqui sem fazer nada ué!
Então tah vamos...
Assim começa nossa manhã de quarta e finalmente chegamos a uma solução do que fazer para matar aquele que estava nos matando.
Como nos vamos daqui, até o começo da trilha?
Pega o carro do seu irmão!
Não, carro não a gente vai fazer uma caminha, não podemos ir de carro fazer caminhada.
Ok vamos de bike então.
Ok, decidido, vamos de bike deixamos a bike lá na casa da Joana que do lado da praia onde começa a trilha.
Ixi Vá, e agora? Meu pneu está furado! O que eu faço?
Vamos encher ele ué! Kd a bomba.
Explodiu Vá! Nos nunca tivemos a bombinha de encher pneu a gente sempre pega emprestado, vamos pedir a alguém.
Eh ninguém ta ai hoje, vamos ter que ir só com uma bike.
Faz assim Vá, eu vou caminhando e você vai de bike, tranqüilo eu estou acostumado a andar (jura néh, só eu para pensar isso!).
Ta bom então vamos! Ah vamos levar umas frutas e água para beber no caminho.
Iniciamos nossa longa jornada as 10h24m para fazer a trilha da lagoinha do leste, lugar paradisíaco e encantador no sul da ilha de Florianópolis.
Vá você não acha que vai chover?
Sim eu acho, mas eu trouxe capa de chuva.
Como assim Vá? Capa de chuva? Pra quê?
É só para prevenir... Vamos logo antes que começa a chover.
Viramos a esquina de casa e já começou a chover.
É agora? Continuamos.
Sim logo passa e abre sol novamente.
Ok então.
Andamos... andamos... andamos do campeche local onde residíamos até o matadeiro, praia de surfistas lá no sul da ilha que da entrada ao inicio da trilha da logoinha.
Chegamos já encharcados pois a chuva não passou, eu a pé e Vanessa de bicicleta, menos cansada, mas bem arrependida de ter iniciado essa jornada.
Ok, vamos passar na Joana e deixar a bike lá pra gente poder fazer a trilha (deixamos a bike na casa de nossa amiga, que por sinal não estava em casa!)
Iniciamos a trilha sobre uma leve chuva e um frio considerável. Embora com nossas capas de chuvas e blusas era de se pensar duas vezes antes de começar com tudo aquilo, mas como sempre um não quer dar o braço a torcer para o outro e continuamos mesmo assim.
Naquele sobe e desce das montanhas, um vento forte batendo em nosso corpo e dando a total impressão de que éramos pássaros livres em meio a mata! Seria romântico, mas é mentira, um frio do caralho me fazia pensar em voltar de dois em dois segundos!
Mas como eu aceitei o desafio, então bola pra frente.
Vá ta chegando? Não! É agora? Também não! E agora? (ao estilo mágico do burrinho do Sherek!) Não Rodrigo, não Rodrigo!!! Falta um monte. Neste instante resolvi me calar, pois suas alterações poderiam me jogar penhasco abaixo para que eu chegasse mais rápido.
Em meio aos espinhos, poça de água, lama, esforço árduo do sobe e desce da montanha, demoramos um pouco mais de duas horas e meia, pois a chuva atrapalhou nosso desempenho na trilha e demoramos uma pouco mais de três horas para chegar ao destino, ah antes que eu me esqueça nos levamos um susto no meio do caminho com um pássaro que saiu sorrateiro em meia a mata batendo as assas de forma aparecer um bicho enorme no meio do mato.
Descemos o penhasco, escorreguei em meio a uma corrente de água por causa da forte chuva (esta hora já era um temporal com relâmpagos gigantesco que caia sobre nós!), tentei me segurar para não ir ladeira abaixo, ainda mais agora que acabara de perder 12 kg e estava bem mais leve seria fácil a chuva em levar.
Para a minha surpresa ao agarrar uma planta para que meu tombo fosse atenuado, era uma planta cheia de espinhos, não aqueles pequenos que dão uma leve raspão na sua pele, mas sim aqueles gigantescos que destroem toda a maciez e suavidade que você demorou anos e anos com cremes e cuidados dermatológicos para deixar a sua mão impecável, pois é, isso me aconteceu, fiquei com a mão toda esfolada, cheia de espinhos encravados e a bunda roxa, pois cai na pedra.
Mas tudo bem! Isso é balela. Chegamos ao nosso destino, morrendo de fome e com muito frio e para nossa surpresa maior ainda, dois outros doidos estavam acampados lá em meio a temporal, por um instante não me achei tão anormal. Comemos e saciamos nossa fome.
Bom e agora, vamos nadar um pouco pra relaxar os músculos né Vá!
Ok, vamos.
Ui, mas ta fria a água, então não vamos mais! Rs.
Então o que fazemos? Vamos voltar já?
É o jeito, não da para ficar aqui nesse frio.
Ok, levantamos acampamento e voltamos depois de meia hora que paramos para descansar.
Uma luta, cada passo parecia um quilometro, nos colocamos mudo em meio a caminhada de volta para que fosse possível economizar as energias para chegar em casa. E sobe montanha e desce montanha e a chuva aumentando, as correntes de água por causa da chuva pareciam rios e mais rios que brotavam daquela montanha gigantesca.
Finalmente chegamos a praia do matadeiro e faltava pouco para chegar a casa da Joana e pegar a bike! Chegamos lá e para nossa sorte ela ainda não estava em casa, entramos no quintal e pegamos nossa bike para poder retornar ao nosso quanto.
Iniciamos a jornada de volta eu a pé e Vá de bike. Injusto diga-se de passagem já que a Vá já tinha desfrutado do conforto na ida e certo seria eu ir de bike na volta, mas sexo frágil a gente não discute acata!
Como ela viu a minha dificuldade em caminhar pelo cansaço físico então me ofereceu humildemente carona na bike dela.
Eu disse, não Vá, to muito cansado e se eu parar de andar agora não volto tão cedo a exercer uma atividade física!
Não Ro vem aqui, que é mais fácil eu levo um pouco e você leva um pouco, que tal?
Não Vá! Sim Ro! Não Vá! Sim Ro! Ta bom Vá... então vamos!
Subi na bike. Todos apostos! Sim! Então vamos...
Na primeira pedalada, em câmera lenta que nem aquelas pagadinhas do faustão rotineiras de todo domingo, fomos caindo, descendo e olhando um para cara do outro, eu cai de bunda no chão novamente, aumentando ainda mais minha dor, a Vá caiu de lado.
Eu com ar de bravo, mas sem mais forças para brigar olhei para cara dela e disse: Vá, vocês nos derrubou!
Enquanto isso um carro que passava pelas proximidades do local, passou sobre uma poça de água que derramou-se inteira sobre nos estendidos no chão, no meio do mato no acostamento da rodovia que liga o centro de Florianópolis ao sul da ilha.
Olhamos uma para o outro desistimos da idéia de ir os dois em uma bicicleta e caímos na gargalhada, pois não há mais nada o que fazer.
Continuamos a nossa jornada até em casa, passamos no mercado como dois pedintes de semáforo tamanho era o barro, sujeira e cara de esfomeados e acabados para comprar nosso desjejum da tarde.
Saímos do mercado e todos olhavam pra gente e nos só querendo chegar logo em casa, tomar um banho quente e descansar até o dia raiar.
Virando a esquina de nossa rua nos nem acreditávamos, não pelo fato de estar chegando em casa as 18h07m, mas pelo fato que depois de um dia de tempestade e frio, o tempo abrirá as 18h06m com direito a sol e tudo mais, a chuva dava uma trégua e nos que saímos de casa embaixo de chuva, no exato momento em que chegamos fomos recepcionados com um belo sol e calor.
Rimos da situação e agradecemos ter chego em casa depois de tanto tempo de caminhada e trilha, se me arrependi? Nunca! Algo que valeu a pena! Mais uma das diversas histórias que eu e a Vanessa passamos.
Hoje a Vá esta na América Latina fazendo uma viagem de muchilão, pedindo carona e conhecendo país em país, tirando fotos incríveis e tendo uma experiência fantástica que vai levar para resto da vida.
Eu voltei a sampa e quero me especializar na minha carreira profissional, mas estou pendendo a ir me juntar a ela nessa aventura....
Oh meu deus o que fazer?????

terça-feira, 21 de julho de 2009

Poema de sete faces


"Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo."

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 20 de julho de 2009

De que é feita uma amizade?


Amigos, imprescindível a vida! Amigo que nos consola e nos salva do isolamento... Amigo que sabe o que dizer e sabe quando não dizer... Amigo que agrada e aborrece quando for preciso... Amigo que quer bem, que te protege e te guia nessa louca história que trilha pela vida.
Amigo é ar que respiro, e prece que preciso e pulso que falta... Nas horas de lamuria e malversações sempre nos surpreende com seu coração... Amigo de sempre, amigo de antes e depois, amigo do minuto e segundo!
Amigo que te estende a mão e suporta ao seu lado todos os desafios que existam, amigo que te entende mesmo quando nem você se conhece ainda ou sabe que faz, amigo que perdoa, amigo que sofre e chora junto, amigo sem motivo para ser amigo apenas o interesse da amizade e elo da vida os une.
Amigo a noite, embaixo da ponte ou em cima da lua... Amigo que nos trás sorrisos e nos faz acreditar que podemos ser melhor e tornar o mundo melhor.
Fazemos as coisas pesando neles e nem nos damos conta do bem que vivemos em realizar ações que aumentem nossa relação... Amigo na razão e emoção... Amigo que torna o frio em um eterno verão... Amigo que te faz bem ao rever ou então te conforta com um simples abraço... Amigo que te faz ganhar o dia com um singelo e sincero sorriso.
Não é fácil ser amigo, mas é muito fácil amar um amigo... Por isso quando me perguntarem do que é feita uma amizade? Lhe respondo... de amor, simples mas verdadeiro!

Feliz dia dos Amigos meus caros e estimados amigos... conhecidos... familiares e amigos dos meus amigos... obrigado pela felicidade que trazem em minha vida...

Rodrigo Bertolazzi
20/07/2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ao Som DJ Benny Benassi !!!!


Ao som do DJ Benny Benassi – No matther what you do sendo executada por repetida vezes e que cá estou vibrando com lembranças em que eu pulava de alegria a escutar tal batida.
A música em geral marca data, não somente pela morte de um ícone ou aniversário de outro, mas pelo momento que ela se apresenta a você e seus dilemas, suas alegrias, felicidades, paixões e azarões! Lembro até do sorriso em meia a balada, as doses alcoólicas e o pique magistral não que só essa música me traz como diversas outras da época. Aglomerados em uma pista de dança, ao suor, desconforto, mas aconchego dos amigos e paqueras, era posto em prova nossa habilidade de se encaixar em determinadas tribos ou estilos mais populares.
Nos jogamos nesta pista e confessamos nossa necessidade de se relacionar, seja por uma noite ou pela eternidade que dura um amor! Ao mesmo tempo das alegrias percebemos o sorriso falso e tristeza embutida em cada ser que ali está, a procura de um grande amor ou a caça de sexo sem temor.
Várias doses de whisky com energético... uhuuuuuu, que massa esse show de laser, agora a onda é uma tal de bala para dar mais pique e arrebanhar um número maior de ficantes avulsos que alguns nem serão lembrados.
A vibração passa, o efeito da bala com whisky e energético também, o que te sobra é um ombro amigo para lamentar a solidão de ter tantas pessoas a sua disposição e sempre estar sozinho.
Me pergunto até quando as pessoas vão conseguir levar isso adiante e admitir que não são tão maiores que a grandeza que não é enxergada nos outros? Quando vamos nos jogar a pista de dança não somente pela diversão, mas para compartilhar ela com alguém? Acho que vamos continuar sem resposta certa para isso!!!!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Liberdade


Sentado em uma pedra com visão periférica, um horizonte recheado de possibilidades, mas fora as pequenas minúcias que às vezes são tão imperceptíveis que põe em dúvida o claro. Não que escolhas sejam fáceis e o caminho escolhido não deva ser aproveitado, pois somente pelo difícil que se preza a conquista e valoriza a glória.
Sorriso pela liberdade que foi dada, posso pensar no que quiser e até me dar ao luxo de não pensar se quiser, um vento em minha face me contrapõe aos deleites mais profundos e insanos.
Sexo, diversão, perversão e tirania, agora meus pensamentos estão livres de julgamentos e com eles vou adaptando ao gozo do momento e contando os minutos da exaustão.
Esse é o momento mágico, não é necessário interromper a leveza do que esta pensando para buscar respostas, a liberdade nos dá a vantagem de não questionar naquele momento o certo ou errado, apenas um ato desprovido de qualquer sentença.
Chega de questionar, agora é a hora de seguir em frente e realizar, livrar a alma do peso, da ignorância, das vontades e até da sabedoria, não que não seja bom ter-la, mas essa hora meu amigo dispense, ou melhor, desprenda-se de todos os conceitos vagos e puritanos existentes e só pense, não se cobre por pensar.
Seja certo ou duvidoso, seja coerente e imbecil ao mesmo tempo, seja você e seja alguém que você deseja ser, respire o ar que emana ao seu redor e siga seu caminho, para fás ou para nefas seja você em sua melhor essência ou pior imprudência, mas deixe a liberdade invadir a sua mente e ser sua companheira constante!

Rodrigo Bertolazzi
13.06.2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

E vai passando!


Nascemos, somos jogados ao mundo de forma brusca e repentina! Sentimento de medo e desconforto perdidos em meio às novidades que ainda estão por vir, novidades que ainda não se sabe nem ao certo quais são ou o que são!
Começamos a entender, ou melhor a aprender sobre as coisas muito cedo, de tempos em tempos vamos acumulando experiência e percebendo manhas que nos favorecem, medos que nos afastam e algumas situações que nos atraem.
Agora sou uma criança, que diz a sua primeira frase, palavras que expressa em seu sorriso satisfação e contentamento a todos ao seu redor, mas essa fase de descoberta e encantamento pouco é lembrada no futuro e tão pouco serve para amenizar os males que ainda virão.
Começo a desenvolver outras características, minha curiosidade desperta minhas vontades e vence o medo de tocar, cheirar, fazer e acontecer, agora não só de referências eu vivo, os questionamentos são constantes, não sei se no futuro o questionamento vai ser tão usual, mas querer saber e importante neste momento.
Desbravando os caminhos, conhecendo as mudanças no corpo e na mente questionando a tudo e a todos, ao despertar um pique toma conta do meu corpo, toda atividade é pouca, o cansaço só é ocasionado pelo anoitecer em meios as brigas para ir dormir quando você queria ficar brincando.
Essa fase passa, é logo vem a do desejo, seja de entrar para clube dos populares na escola, agora não existe mais amiguinhos, somos um meio de convívio e temos que nos encaixar nos descolados, nos nerds, nos relaxados, nos legais ou sofrer a adolescência inteira em busca de sua tribo.
As revistas de nu “artístico” tomam a cabeça de todos, em determinado momento é comum troca de títulos de filmes alternativos para conhecimento (na maioria das vezes a teoria nem é posta em pratica) de novas posições. Qualidade pouco importa nesta fase, a questão é numérica, quantas? Quantos? Como? Onde? Isso sim é o que vale, não importa se foi um selinho ou daqueles clássicos beijos de holywood, vamos contar e ver quem vence no final.
Mas a fase dos grandes grupos e descobertas sensacionais passa também, logo você seleciona dentre aqueles amiguinhos quais os que tem mais a ver com sua índole e percepções sobre a vida e leva com você para uma outra esfera, às vezes é não é incomum todos aqueles que participaram de sua infância não participam de seu futuro, eu graças a Deus tenho hoje 27 anos e dois grandes amigos que conheço a mais de 22 anos, além de outros que conheço a 15 e 11 anos, os melhores que alguém poderia ter.
Começamos um novo desafio, até agora era tudo muito lento, tudo demorava a acontecer e tudo era para ontem, começamos a época do que fazer daqui pra frente, agora tudo começa a passar mais e mais rápido, nos sentimos mais perdidos do que na época em que fomos arrancados da barriga de nossas mães. Temos que saber de prontidão o que seremos para resto da vida sendo que nem sabemos quem somos ainda, temos que prestar um vestibular, isso aqueles que tem essa oportunidade, definir uma profissão e segui-la rumo ao estrelato.
Quando terminamos este processo somos recém-formados ainda em dúvida sobre as paixões e exatidão das coisas, alguns estão firmando relacionamentos e outros estão em dúvida sobre qual a outra faculdade que ele pode fazer, pois não sabe se conseguirá sobreviver sem o barzinho e as tradicionais festa da facu durante os próximos 04 anos.
Bom, assim como as demais fases essa também passa, pode ser que você se encontre e seja feliz para resto da vida, ou pode ser que fique nessa de p....q....p....! É agora? Mas os trinta vem avizinhando e não que eu acredite que isso seja o fim do mundo, mas acho que seja a fase inicial para que você defina o que vai ser para resto dos seus desejáveis e bem vividos 2/3 de vida!
Idade crítica que não quer calar! Medo sobre as expectativas, medo sobre amanhã, mas com um pouco de certeza sobre o que realmente quer e que no fim tudo vai dar certo.
Daqui pra frente eu não sei dizer, tenho minhas teorias e vou tentar por elas em pratica, mas pouco sei sobre tudo que aconteceu até aqui que dirá sobre o que virá daqui pra frente! A única certeza que eu tenho é que todas as fases passam e a única coisa que chega e fica é a morte, por isso não pretendo ficar esperando ela sentado! Aproveite a vida e faça a escolha certa!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Soneto da separação


"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.



De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.



Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."

Vinicius de Moraes

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A Verdade Sobre a Vida!!!!!!


Pensamos muito, refletimos ainda mais sobre algo totalmente desconhecido, nos confundimos em meio aos mistérios e indagações do cotidiano para tentar descobrir a verdade sobre a vida!
No percurso desenvolvemos algumas teorias (na maior parte delas, furadas diga-se de passagem!) sobre os que fazemos e para que vivemos, criamos um mundo encantador e nos perturbamos quando a realidade do mundo que não é nosso nos trás a tona todos os celeumas e contradições.
As situações põe a prova nosso caráter e destroem nossa inocência, somos mutantes, às vezes camaleões conforme a absorção do ambiente e tentamos proteger o nosso quando sentimos ameaçados ou perseguidos, constantemente a dúvida é apresentada e finalmente os medos mostram a cara.
Ser humano é ser racional? A regra é clara! Mas racionalidade e emoção entram em conflito conforme o interesse de cada indivíduo e sua ética. Não tão racional e pensar que pessoas que conhecemos e nos envolvemos e futuramente nos separamos por inúmeros motivos, será possível de uma forma racional simplesmente apagar aquilo porque não lhe convém mais.
Para digerir determinadas situações em sua vida, precisamos do tempo e não da racionalidade, se tudo fosse racional e organizado não precisaríamos de governo, nem leis, nem poderes que exerçam a justiça em nome dos injustiçados, pois se fossemos mais racional saberíamos que para termos nosso espaço temos que saber respeitar as diferenças dos demais, ou seja, ser humano esta longe de ser racional. E mais fácil adestrar um cachorro e ele sabe até onde poderá ir dizer a um ser humano o que ele deve fazer para não desrespeitar os demais.
Nossas atitudes e escolhas entram em contradição e levam a desistência quando não convém mais lutar pelo que você ama ou acredita ser certo! Censuramos quando não concordamos e deixamos de lado aqueles que nos censuram ou que não concordam conosco, esquecemos que também somos assim, diferentes e consequentemente somos deixados de lado.
Quando crianças sorrimos por cada descoberta, choramos por qualquer motivo e com o passar do tempo paramos de nos surpreender com os fatos sejam eles novos ou antigos, pois às vezes é bom se surpreender com o já conhecido e ver novas perspectivas naquilo, estamos calejados e já não choramos mais por qualquer coisa, não há emoção nos detalhes da vida, somente as grandes catástrofes nos deixam de boca aberta!
Nos apaixonamos uma, duas, três... mil vezes, mas nunca temos a certeza de um dia ter encontrado um grande amor, vivendo sobre o medo de ficar só mesmo já estando! Tentamos difundir grandes pensamentos e virtudes positivas para nosso dia-a-dia que no primeiro escorregão vão pra pqp!!!
Quem reflete sobre a vida e o mistério envolta dela, não inventa verdades sobre o assunto, explicações até tentamos, algumas coerentes outras sem pé nem cabeça, defender estes conceitos a medida em que você desenvolve-se e tem uma outra ótica sobre ela, é o grande fator complicativo.
A verdade sobre a vida é que ela deve ser vivida! Intensamente sem muita moção nem razão, apenas em sua complexidade e sua maravilhosa intensidade é possível descobrir a verdade sobre ela!

Rodrigo Bertolazzi
06/07/2009